Páginas

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Frase do dia:

Perdoem esse nosso desvio cultural, rapazes. Nenhuma mulher se sente amada o suficiente.









.

Aposta.

Já passei da fase de rebelde sem causa ou daquela em que rogamos praga no mundo e ficamos tristes por qualquer coisa. A pizza esfriou? Choro. O esmalte borrou? Choro. Ele ainda não ligou? Choro. Pois é, falando assim parece mentira, mas quando estamos tristes, tudo ao redor parece não dar certo. Eu estou assim, quer dizer, estava assim. Triste por tudo e nada ao mesmo tempo. Lamentando o fato das coisas darem tão errado, de ainda não poder estar onde eu queria estar e de não desejar ninguém que esteja comigo onde eu deveria estar. Mas hoje foi diferente, hoje o mundo resolveu me dar um tapa na cara e dizer: Acorda! É só eu andar de ônibus para viajar quilômetros de distância em pensamento, e realizar todos os meus desejos, visitar todos os lugares e viver todos os amores, por isso geralmente sou alheia a tudo o que acontece a minha volta. Mas hoje, mesmo com o som do MP3 no último volume, mesmo com todas aquelas pessoas falando, eu vi um senhor correndo. Magro, muitas rugas, cabelos grisalhos. Por um momento pensei que o motorista não o esperaria e foi justamente ai, que comecei a ver com clareza. Após ter corrido alguns metros, ele entrou no ônibus cansado, mas sorrindo, pegou o RG, mostrou ao cobrador e sentou. Eu continuei observando, me perguntando quem era e o que fizera em toda sua vida. Estaria ele satisfeito com as suas conquistas? Ou será que ele guarda muitas mágoas? De repente comecei a pensar em como eu estava conduzindo a minha vida. Será que perdemos muito tempo lamentando nossas perdas ao invés de lutarmos por dias melhores? Será que lutamos tanto por dias melhores que nos esquecemos de dar valor as pequenas coisas, aos pequenos prazeres da vida? Cont.

Faz de conta.

Não respondo teus e-mails, e quando respondo sou ríspido, distante, mantenho-me alheio: FAZ DE CONTA QUE EU TE ODEIO.

Te encho de palavras carinhosas, não economizo elogios, me surpreendo de tanto afeto que consigo inventar, sou uma atriz, sou do ramo: FAZ DE CONTA QUE EU TE AMO.
Estou sempre olhando pro relógio, sempre enaltecendo os planos que eu tinha e que os outros boicotaram, sempre reclamando que os outros fazem tudo errado: FAZ DE CONTA QUE EU DOU CONTA DO RECADO.
Debocho de festas e de roupas glamurosas, não entendo como é que alguém consegue dormir tarde todas as noites, convidados permanentes para baladas na área vip do inferno: FAZ DE CONTA QUE EU NÃO QUERO.
Choro ao assistir o telejornal, lamento a dor dos outros e passo noites em claro tentando entender corrupções, descasos, tudo o que demonstra o quanto foi desperdiçado meu voto: FAZ DE CONTA QUE EU ME IMPORTO.
Digo que perdôo, ofereço cafezinho, lembro dos bons momentos, digo que os ruins ficaram no passado, que já não lembro de nada, pessoas maduras sabem que toda mágoa é peso morto: FAZ DE CONTA QUE EU NÃO SOFRO.
Cito Aristóteles e Platão, aplaudo ferros retorcidos em galerias de arte, leio poesia concreta, compro telas abstratas, fico fascinada com um arranjo techno para uma música clássica e assisto sem legenda o mais recente filme romeno: FAZ DE CONTA QUE EU ENTENDO.
Tenho todos os ingredientes para um sanduíche inesquecível, a porta da geladeira está lotada de imãs de tele entrega, mantenho um bar razoavelmente abastecido, um pouco de sal e pimenta na despensa e o fogão tem oito anos, mas parece zerinho: FAZ DE CONTA QUE EU COZINHO.
Bem-vindo à Disney, o mundo da fantasia, qual é o seu papel? Você pode ser um fantasma que atravessa paredes, ser anão ou ser gigante, um menino prodígio que decorou bem o texto, a criança ingênua que confiou na bruxa, uma sex symbol a espera do seu cowboy: FAZ DE CONTA QUE NÃO DÓI.

Cesare Pavese...

- Olha uma vez eu li um cara, um escritor chamado Cesare Pavese, que dizia assim: "Ninguém se suicida por amor. Suicida-se porque o amor, não importa qual seja, nos revela na nossa nudez, na nossa miséria, no nosso estado desarmado, no nosso nada".

- E o que aconteceu com ele, esse tal de Cesare?
- Se matou.

Isso acontece com todo mundo, acredite !

Você estava apaixonado por alguém e levou um fora. Acontece mais do que acidente de avião, desastre com romeiros e incêndio na floresta. Corações partidos é o grande drama nacional. O que fazer? Ainda não lançaram um manual de auto-ajuda que consiga eliminar nossa fossa, e dos amigos só podemos esperar uma frase, repetida à exaustão: tire esse cara da cabeça. Parece fácil. Mas alguém aí me diga: como é que se tira alguém de um lugar tão cheio de mistérios?


Gostar de alguém é função do coração, mas esquecer, não. É tarefa da nossa cabecinha, que, aliás, é nossa em termos: tem alguma coisa lá dentro que age por conta própria, sem dar satisfação. Quem dera um esforço de conscientização resolvesse o assunto: não gosto mais dele, não quero mais saber daquele prepotente, desapareça, um, dois e já!Parece que funcionou. Você sai na rua para testar. Sim, você conseguiu: olhou vitrines, comeu um sorvete e folheou duas revistas sem derramar uma única lágrima. Até que começa a tocar uma música no rádio e desanda a maionese. Você não tirou coisa alguma da cabeça, ele ainda está lá, cantando baixinho pra você. Táticas. Não ficar em casa relendo cartas e revendo fotos. Descole uma festa e produza-se para matar. Você bem que tenta, mas nada sai como o planejado. Os casais que se beijam ao seu lado são como socos no estômago. Você se sente uma retardada na pista de dança. Um carinha puxa papo com você e tudo o que ele diz é comparado com o que o seu ex diria com o que o seu ex faria. Chamem o EccoSalva.Livros. Um ótimo hábito, mas em vez de abstrair, você acha que tudo o que o escritor escreve é para você em particular, tudo tem semelhança com o que você está vivendo, mesmo que você esteja lendo sobre a erupção do Vesúvio que soterrou Pompéia. Viajar. Quem vai à bagagem? Ele. Você fica olhando a paisagem pela janela do ônibus e só no que pensa é onde ele estará agora, sem notar que ele está ali mesmo, preso na sua mente. Livrar-se de uma lembrança é um processo lento, impossível de programar. Ninguém consegue tirar alguém da cabeça na hora que quer, e às vezes a única solução é inverter o jogo: em vez de tentar não pensar na pessoa, esgotar a dor. Permitir-se recordar, chorar, ter saudade. Um dia a ferida cicatriza e você, de tão acostumada com ela, acaba por esquecê-la. Com fórceps é que a criatura não sai. Eu não pareço, nem de longe, a garota da camiseta molhada da revista. Eu não tenho vocação (nem bunda suficiente) pra andar de shortinho enfiado. Nunca vou colocar silicone e meus peitos vão continuar do jeito que eu gosto que eles sejam. Nunca vou achar normal traição e meu conceito de traição inclui trocar telefone (ou outro meio de contato) com uma mulher na balada. Nunca vou deixar solto quem eu amo. Minhas verdades mudam com o tempo, meus valores não. O que alguém acha de mim não vai determinar quem eu sou. Mesmo assim, não vou discordar quando alguém achar que eu não valho a pena. Eu valho. Eu valho a pena se tentar me amar ao invés de se apaixonarem por mim.

eu nunca vou esquecer o amor da minha vida, mas...

"Ela também teve seu coração machucado. Dilacerado, imagino. Normal. Desse mal, meu bem, ninguém escapa. Mas o bom disso tudo é que agora consigo abrir meu coração sem rodeios. Sim, amei sem limites. Dei meu coração de bandeja. Sim, sonhei com casinhas, jardins e filhos lindos correndo atrás de mim. Mas tudo está bem agora, eu digo: agora. Houve uma mudança de planos e eu me sinto incrivelmente leve e feliz. Descobri tantas coisas. Tantas, Tantas. Existe tanta coisa mais importante nessa vida que sofrer por amor. Que viver um amor. Tantos amigos. Tantos lugares. Tantas frases e livros e sentidos. Tantas pessoas novas. Indo. Vindo. Tenho só um mundo pela frente. E olhe pra ele. Olhe o mundo! É tão pequeno diante de tudo o que sinto. Sofrer dói. Dói e não é pouco. Mas faz um bem danado depois que passa. Descobri, ou melhor, aceitei: eu nunca vou esquecer o amor da minha vida. Nunca. Mas agora, com sua licença. Não dá mais para ocupar o mesmo espaço. Meu tempo não se mede em relógios. E a vida lá fora, me chama."

E você? O que faz aqui?

Tem dias que dá preguiça mesmo de viver. A gente olha pra própria vidinha mais ou menos e se pergunta: o que, diabos, eu estou fazendo aqui? A resposta, a gente não consegue dar. Mas tem dias que simplesmente não dá. Não dá pra acreditar no futuro, no presente e desconfiamos até mesmo do passado. Tem horas que a gente parece estar no meio de um pesadelo (ou no meio de um sonho bom que nunca vai se realizar). Tem dias que não dá pra acreditar que a Xuxa usa hidratante Monange, que a Gisele Bündchen usa Pantene e que a Carolina Dieckmann tem dentes sensíveis. Chega uma hora que a realidade te espreme num canto, te dá um tapa na cara e te pergunta: o que é que você está fazendo aqui?

Ôh! heaven, boring life..

O problema é que não tem príncipe nenhum, não tem castelo nenhum, e não tem fada nenhuma aqui. Eu to tendo é que me virar sozinha! Mas às vezes essa coisa de não comer a maçã envenenada cansa. A vida fica tediosa. Eu já cansei de beijar sapo, de engolir sapo, de esperar sapo virar príncipe... Que se danem os sapos! Eu quero que algo aconteça. Eu quero poder parar de sonhar com como um dia minha vai ser divertida. Eu to cansada de esperar por esse negócio de final feliz. To procurando desesperadamente por uma bruxa má que seja, mas que ao menos faça minha vida ter alguma emoção. Eu to cansada de chorar... to cansada de esperar por duendes mágicos ou pelo Peter Pan. Mas eu continuo acreditando, e continuo esperando... vai que um dia apareça algum garoto voador na minha janela.

escritos da aula de História

Se você me der, uma sala com 100 homens, eu vou escolher a dedo. E pode ter certeza, que aquele que eu escolher, vai ser o cara errado, o idiota, o pervertido, o criminoso. Podem chamar a policia, por que se eu gostei, ele é sem duvida um elemento suspeito.

Desses 100 homens, você coloca só um que não presta. E essa com certeza vai ser minha escolha :]
E sem duvida alguma ele vai ser:
1- Casado e/ou;
2- velho demais e/ou;
3- conquistador barato e/ou;
4- Sem o menor interesse em mim.
Ah, mas você pode ter certeza absoluta disso amigo. Sabe por quê? Por que eu tenho dedo podre, é.
E foi assim que pra minha infelicidade cai nas suas graças. Infeliz és tu, que nunca saberá do meu amor, mas jamais - mesmo se souber - irá correspondê-lo.
Ah muito desisti de considerar o amor uma realidade, é um sonho, com que eu vou sonhar o resto da minha vida. Sem tê-lo.
Estou me contentando com isso. Amor é coisa pros outros :]
É querido, é um sério problema esse que nós vivemos, será que algum dia você vai perceber? O quanto eu amo você?

sexta-feira, 23 de julho de 2010

as vezes eu também queria que alguém mentisse pra me deixar feliz

sinceramente, até que ponto, dizer sempre o que você pensa é certo? Será que ninguém as vezes nunca deseja ouvir uma mentira? Uma vez na vida? Só pra ficar feliz? Queria que alguém pensasse assim. Mentisse pra mim uma vez na vida, por achar que a verdade não era tão boa pra mim.
Por que as vezes eu preferia viver uma mentira, onde eu tenho alguma chance, onde eu tenho algum potencial, onde eu tenho algum futuro, do que encarar a realidade.
Quantas vezes já não fiz isso? Não queria saber a verdade, por que? A verdade é opressiva, e me magooa. O que é verdade? A verdade não existe, depende de quem fala.
E mesmo agora, sabendo da verdade, da triste verdade, continuo a imaginar você dizendo que é tudo mentira, e que sim, você me ama.
Mas agora já não tem como mentir, a verdade foi posta na mesa. E está estampada na minha cara.
Está na minha mente, e nas lagrimas dos meus olhos, a verdade está ai, e não consigo mais imaginar. Não consigo mais me enganar.
Só uma vez, será que você não poderia mentir pra me deixar feliz? Ao menos hoje. Que acordei feliz com ele. Mas agora não tem mais volta.
A verdade incomoda limpa meus olhos, e me mostra o quanto eu fui uma boba apaixonada.

supostamente namoradinha do Brasil

(inspirada, naturalmente pela música, vim aqui, postar um pouco D:)


Acho que nasci em uma época errada.
Acho que estou na época errada, mesmo estando na certa.
Por que não reconheço, ou me identifico com a época que vivo.
Talvez seja só um sonho, e eu seja a ultima da geração do brilho romântico.
A ultima, supostamente, a namoradinha do Brasil.
Aquela que ninguém conhece.
Por que na minha época, garotas de 14 anos não tinham namorados.
E nem perdiam a inocência assim tão rápido.
Na minha época se mandava cartas para programas de televisão
Onde eu deveria viver, na época em que eu deveria ter nascido
Crianças respeitavam os pais
E não saiam cantando Funk por ai
Não falavam palavrão
E nem pensavam em namorar,
Garotas tinham sonhos, e achavam errado ficar só por ficar
Faziam charme, e nunca beijavam qualquer um
As mulheres tinham independência, e ainda sim eram mulheres
Sorridentes, honestas, felizes, lutadoras e bem resolvidas.
Com qual seja sua profissão.
Na minha época, ser dona de casa, não era uma vergonha
Como ser dona de uma empresa internacional, também não
Na minha época, os jovens tinham um objetivo na vida, queriam mudar o mundo, e a situação do país.
Garotas como eu, assistem filmes em preto e branco,
Choram vendo filmes da Disney
E não precisam ter um milhão de amigas
Não precisam ter um namorado
E não precisam estar sozinhas para sentir a solidão.
Garotas que nasceram nessa época sabem o quanto é bom sorrir com sinceridade.
E ficar em casa assistindo a sessão da tarde.
Garotas como essas tem consciência.
Por que na minha época, com menos de 17 anos não se saia por ai para festas com mini-vestidos
E garotas novas não bebiam, não sabiam o que era ressaca, e não falavam jamais a palavra sexo.
Mas garotas que nasceram nessa época vivem tristes.
Escrevendo histórias, inventando mentiras para satisfazer sua vida, escutam músicas e choram pelo que jamais iram sentir, por histórias que jamais contaram, por coisas que nunca viveram, por amores que nunca terão, choram até pelas loucuras que jamais iram
cometer, pelo arrependimento que jamais iriam ter.
Garotas que nunca sabem o inicio ou o fim
Que vivem imersas em uma infância de festim
São as crianças menos infantis.
Supostamente, as namoradinhas do Brasil
Na minha época, entre o remédio e o veneno, a diferença é somente a dose.

Não quero passar o dia pensando em você

Não gostaria mesmo, não gostaria de passar o dia inteiro pensando no que te dizer, em uma forma de puxar assunto, em uma maneira de te entreter. Não quero passar o dia pensando na sua opinião, e todas as minhas aulas pensando no que você diria.
Não quero comprar uma roupa pensando se você me acharia bonita, não quero escrever cada texto largando um pedacinho de mim, e um de você em cada palavra.
Não quero chorar, pensando no que você diria pra me consolar. Não quero rir pensando se você acharia engraçado.
Não quero que seja mais um, que me faz suspirar, e só vai me decepcionar. Não quero pensar que talvez seja só mais um, que um dia- triste desilusão - não vou ficar arrepiada quando ouvir suas conclusões sobre mim.
E que meu coração não vai mais disparar ao ouvir sorrindo, cada palavra.
Não quero que seja mais um na minha vida. E quero parar de dormir chorando, por minha ingenuidade, repetindo que nemmesmo mais uma mereci ser na sua vida.

                      come, my wanton, set me free of this evil, which is love..

7 things

dando uma de Miley Cyrus, resolvi que hoje eu te odeio. E também resolvi destacar sete coisas que eu mais odeio em você, e pode crer, você fazer eu te amar não é a setima.

O mais engraçado é que você nunca vai saber o quanto eu te odeio, e eu nunca vou te contar. Na verdade, pretendo nunca mais conversar com você. Pretendo nunca mais nem olhar na sua cara.
Mas radicalidades a parte, esse post tem que ser feito com pressa, pois não tenho muito tempo e as idéias me fogem. Tenho que fazer isso no calor do momento, para depois não me arrepender e deletar. Salvar como rascunho e guardar só pra mim.
1- você é falsa, e do seu lado eu também sou!
2- você só sabe fazer drama, e falar o quando sua vida é terrivel, quer saber? Bem feito, ser chutada é a sua cara.
3- ninguém liga pra você querida, não importa o quanto você se ache superior
4- só quem te conhece de verdade sabe que você não gosta de ninguém, e que a cada momento muda de idéia, e fala mal de um
5- tenho medo de perde-la pra você. Por que você sabe ser melhor do que eu pra ela
6- você é imatura, infantil, que não sabe do seu lugar, nem das suas responsabilidades. Querida, você tem que estudar, chorar e ficar de cara feia não vai fazer ninguém subir sua nota ¬¬'
7- Por te odiar profundamente, eu pareço a louca, por que para o resto do mundo, você nunca fez nada pra mim. E por isso eu te odeio mais. Preferia ter motivos pra te odiar, mas todos eles não fazem sentido!
Quando todos olham pra você e a única coisa que veem é uma garotinha doce e inocente, que gosta de todo mundo. Sinceramente, quem não te conhece que te compre.
Bom dia mundo, conheçam meu pior lado. (:

a dor

quando sua dor é fisica, você toma um rémedio, vai ao medico, ou até mesmo deixa pra lá. Dores fisicas são otimas pra mim. Por que você pode fazer algo para curá-la. Mas e quando sua dor é dentro de você? Quando nenhum remedio resolve seus problemas, quando nenhum medico pode te ajudar, quando você simplesmente não pode deixar pra lá.

Quando a dor está hospedada dentro de você, e você não pode fazer nada pra se livrar dela. A pior dor vem, sem amigos, sem apoio, e sem soluços, a pior dor vem no choro silencioso, escondido, onde você se esconde de tudo e de todos. Por que sente que ninguém mais pode te ajudar. Quando as coisas fogem do controle de uma forma que você tem vontade de jogar tudo pro alto e sumir.
Sumir, simples, e pra sempre. Sumir e começar tudo de novo.
Mas isso é inviavel. É como se matar, bobagem. A saida mais facil é pros fracos. Se você foi forte até agora, por que iria tomar uma decisão estupida?
Até quando o veneno da solidão se apodera de você, e você tem que continuar a sorrir, e fingir que nada esta acontecendo, você não precisa de estar sozinha para se sentir assim.
O que transborda o copo é apenas uma gota a mais. Uma única e pequena gota.
É complicado viver uma vida de aparencias e mentiras, quando você sabe que a qualquer minuto pode surtar. Enlouquecer, e por tudo a perder.
Quando você não sabe mais o que fazer, por que caminhos você deve seguir? Quando você se sente perdida...
E sente que sua sanidade está por apenas um fio. E que a ultima gota está pendendo sutilmente na torneira, e que um movimento em falso ela pode cair.

a vida nem sempre é fácil.

e só as vezes todos nos queremos fazer um drama, chorar, e pensar que temos os piores problemas do mundo.

É necessário, as vezes temos que parar de pensar nos outros, pensar em nós.
Egoísmo é uma palavra que existe, e que é pra ser usada.
Pode parecer estranho, pode parecer contra todos os princípios da verdade.
Mas a vida nem sempre é fácil,e mesmo assim, você sempre tem de sorrir.
Isso nós mata, ter que sorrir, quando se quer chorar.
Será que sempre , sorrir é a solução e a felicidade o remédio?
E quando tudo acaba dando errado.
Será que você se torna a única pessoa do mundo que não tem problemas?
Por que será que as pessoas pensam sempre que seus sentimentos são tão insignificantes?
Estranho, eu pensava que sofrimento não tinha razão, e nem idade.
Na minha mente, só veio essas frases sem sentido, e uma palavra:
desestruturada.

aninha <3

Sem titulo. Pra você

não é que eu esteja triste nem nada.
Não, vou dizer isso até o final.
Mas aqui eu posso dizer, sim. Estou arrasada.
É engraçado como as coisas jamais acontecem como eu planejo
é péssimo, se eu tivesse como controlar os outros seria melhor
mas não tenho. Há, não mesmo.
Por isso só posso ficar triste agora.
Não acredito, que alguma vez tive esperança de que alguma coisa acontece-se.
Só posso ter ficado maluca.
Não, melhor, fiquei esperançosa.
Isso não é melhor, sim pior.
Me arrumei.
Vesti minha melhor roupa,
me maquiei e tentei ser o melhor possível.
Sinto vergonha de mim mesma,
Sinto pena de mim na verdade.
Não por que nada aconteceu
Mas por eu ter pensado que alguma coisa iria acontecer.
Quer dizer, você nem olhou pra mim direito.
E eu, que jamais consigo calar a boca, só consegui arruinar tudo mais ainda.
Pois é, estou atualizando.
Sinta-se feliz, por eu estar aqui triste falando de você.
Vou ter que continuar só imaginando, como é bom.
E o que ela sentiu, quando você a beijou.
Bom, é só isso que eu posso fazer, imaginar.
Nada mais vai acontecer, e eu sei disso.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Cuide de sua menina ♥

Eu sei que você pensa coisas do tipo: como ela me sufoca como ela me prende como ela é ciumenta, como ela é chata, como ela consegue brigar tanto... Eu quero sair hoje, eu não quero ir lá, eu não quero fazer isso que ela quer. Eu sei que você pensa muita coisa sobre ela, das melhores até as piores. Eu também sei que você pensa coisas assim: que linda que ela está... Que cheirinho bom, que carinho gostoso... Que saudade ruim! Que bom estar com ela, que abraço bom, eu amo ela. Eu sei que apesar dela não te impedir de sair ou você não deixar que ela te impeça, você sente falta de sair, curtir sem dar satisfação, sente falta de ir pra night e poder ficar com várias. Sente falta de dar uma pegada diferente, de sair por aí, de curtir com teus amigos, sem preocupação. Sente falta de bocas, gostos, sabores, corpos e assuntos diferentes. Eu sei de tudo isso, mas ELA sabe? Provavelmente a sua menina deve pensar coisas desse tipo pelo fato de toda menina pensar assim, mas concerteza ela deve imaginar que você a ama sem limites e que vocês realmente são eternos. Mas eu sei que apesar das coisas que você deseja na ausência dela, você também pensa em estar com ela toda hora, sente uma falta doida dela, gosta dos abraços, beijos, carinhos, do jeitinho de rir, de falar besteira, o jeito de pedir desculpa, das brincadeirinhas de vocês, de conversar e poder saber que você pode contar com ela. Sim, você realmente a ama do fundo do coração e ela é a menina mais linda do mundo. Como você pode pensar tanta coisa assim de uma só menina? Da SUA menina. Eu sei o que você pensa e sei também o que ela pensa para não fazer você perder teu tempo com palavras românticas e cansativas que ela deve lhe falar normalmente e escrever também, e você já não presta mais tanta atenção. Ela te ama muito, com uma intensidade sem limites, quer o teu melhor, quer o teu bem. Ela também pensa algumas coisas ruins sobre você e tu também a irrita, mas isso passa em segundos esses pensamentos saem da mente. Com o tempo que vocês estão ela aprendeu a lidar contigo e vice e versa. Com o tempo ela sabe o que te irrita, o que te faz bem e tu também sabeis tudo sobre ela. mas e esses seus pensamentos não saem da tua cabeça tão facilmente, e a tua menina te irrita muitas vezes sem nem ao menos ter a intenção. você sai com freqüência, às vezes se esquece dela, às vezes não lembra de alguma coisa que ela pediu, às vezes você vai esquecendo, simplesmente esquecendo. e a tal menina? ela chora, ela fica triste, ela acha que você simplesmente não a ama... mesmo que não seja isso que esteja acontecendo, você 'apenas' esqueceu. será que você realmente está esquecendo? apenas esquecendo? você já parou pra pensar nela como antes você pensava? você já olhou bem pra ela e viu o brilho nos seus olhos? e como ela se esforça pra te deixar feliz? deveria, REALMENTE DEVERIA.
Deveria parar e pensar que depois que ela colocar na cabeça que você não a ama mais, e resolver esquecê-lo vai ser tarde demais. Que todos os seus pensamentos serão: A minha menina agora pensa em outro, os carinhos dela agora são para outro. E você verá que o as lágrimas que você não enxugou quando caíram de seu rosto não existem mais e que ela agora só transmite alegria aos olhos de quem vê. Vai parar pra analisar o quanto eram felizes juntos, e por causa de seus esquecimentos, agora você se sente sozinho, sentindo falta de seus carinhos, abraços, sussurros, delírios de amor. Pare e pense que se você estivesse pensado mais nela e que se você estivesse dado mais atenção aos seus 'caprichos' que na verdade não são apenas 'caprichos' são porque ela a ama de verdade e que é capaz de TUDO para faze-lô feliz. Muitos e muitos homens perdem a pessoa que se ama por causa da tão desejada LIBERDADE. Que flui em seus pensamentos de tal forma que o consomem, o dominam de tal forma que se esquecem da GAROTA AMADA.


                                                                                     Kalise Sutil .! (:

terça-feira, 13 de julho de 2010

Sabe o que é certo? Vai faltar tempo. Para amanhecer, para viajar, para gracinhas ao sol, gargalhadas, mãos dadas, sono de conchinha, para aquela música que queríamos ouvir juntos, para ruas estreitas, para maresia grudada aos cabelos, para pés descalços, para falar besteira, para contar um segredo, para amar de novo, para pedir desculpas, para cantar alto, para dirigir de janelas abertas, para brincar na areia, para ir mais uma vez aquele lugar, para dar mais um beijo, para acordar abraçado, para ensinar uma brincadeira, para dividir uma fruta, para abraçar e balançar para os lados, para não dizer nada, para comemorar, para contar uma outra história, para repetir a mesma, para pedir colo, para fazer carinho, para dizer te amo, para olhar o teu rosto, para descobrir uma pintinha nova, para praia no primeiro dia de calorzinho, para viver. E eu tento não pensar, mas cada manhã e cada céu, cada momento e cada hora ♪ cada dia e cada instante, cada tempo e cada frase, cada acorde e cada tom, cada cor e cada suor, cada vento e cada folha, cada sabor e cada cheiro, cada coisa bonita e cada lágrima, cada alegria e cada sorriso, doem longe de ti :/

domingo, 11 de julho de 2010

Brincadeira ?!

' Em um certo dia, Asheley estava indo para casa ao término de sua aula... No meio do caminho, ela vê um moço muito lindo, moreno, dos cabelos pretos, alto, do olho castanho. Definitivamente um gato!!! Chegando em casa, Asheley toda apressada, subiu correndo as escadas até chegar ao seu quarto, chegando lá, ligou seu computador e foi direto para a página do MSN. Logo que abriu, avistou rápido uma janelinha piscando, era um velho amigo que não morava em sua cidade, ele era de Brasília e, Asheley de Belo Horizonte. Então ele á pergunta:
- Te vi, agora mais cedo, você nem me disse um "Oi" !
Asheley ficou sem acreditar que aquele gato que ela havia visto á alguns minutos era nada mais, nada menos, que seu antigo amigo virtual, Zaac !
- Nooossa! Era você mesmo, Zaac ? AH, que pena, eu não havia lhe reconhecido...
- Não faz mal, amanhã passo em sua escolha no final da aula ára conversarmos melhor - disse ele.
- Ok então ! Vou esperar - respondeu ela, feliz da vida.
No outro dia, Zaac á buscou, conversaram, conversaram, até que Zaac á roubou um beijo. Asheley se sentiu nas nuvens enquanto beijava-o... Passaram-se dois meses que eles haviam se conhecido, estavam se dando super bem, tinham os mesmos gostos, até que Zaac disse a moça que precisava conversar com ela.
' Asheley ficou assustada, com medo dessa tal conversa, pensando até que Zaac estava querendo ir embora da capital mineira.
- Preciso lhe falar uma coisa muito séria - disse Zaac.
- Diga Zaac, estou ouvindo - respondeu ela, assustada.
- É... entenda que não é facil para mim lhe falar isso, mas...
- O que é, Zaac ? Fale, pelo amor de Deus, está me assustando!
- Asheley, estou gostando muito de você, e queria saber se por acaso, você não gostaria de... ser minha namorada !?
Ah! Nesse momento Asheley ficou super feliz, era como se estivesse pisando nas nuves.
Abriu um belo sorriso (aquele sorriso), e disse:
- Pensei que você nunca fosse me perguntar isto, Zaac.
Passaram-se três meses de namoro, e Asheley começou á receber telefonemas que diziam que Zaac estaria ficando com algumas supostas 'amigas' de Asheley. Porém, não eram só os telefonemas, Andressa, sua melhor amiga, confirmava e ainda dizia á Asheley que Zaac, avia 'dado em cima' dela !
Asheley ficou muito mágoada e resolveu se separar do seu amado. Ela ficou muito mal, entrou em depressão e resolveu mudar de país e foi para a Itália, em Milão, seguir sua tão sonhada carreira de modelo internacional. Depois de muito tempo ela voltou. Voltou super bem, e acompanhada, com um cara maravilhoso, casada, não de anel e tudo mais, mas de coração, corpo&alma. E todos ficaram se perguntando:
- É, aquela menina ingênua, quem diria que ela conseguiria fazer alguém feliz?
' Zaac resolveu ir atráz de Asheley e pretendia voltar com ela.
- Mas porque só agora? Só agora que estou feliz?
- Porque TE AMO, Asheley.
- O que você fez comigo, não conta?
- Era tudo brincadeira!
' Pois bem, ela ainda o amava, mas não dava mais. O amor não é um jogo de azar, e brincadeira tem hora!



Fim, (u'

REMEMBER! Minha melhor lembrança, de você.

E o que você faria, se o homem da sua vida estivesse à um fio de ir embora? Deixaria o partir, pensando que você é o que não é, ou deixaria-o partir com a pior lembança de você?


O barulho impertinente do despertador, acordava Anahí, na manha ensolarada e radiante que a esperava. Uma brecha em sua cortina, levava os raios de sol até sua face, a fazendo cerrar os olhos rapidamente ao abrir.
Queria dormir novamente, queria voltar ao tempo para não chegar aquele dia, o pior dia até então de sua vida. Derrotada pela natureza, que não a deixou dormir, resolveu escrever algo que saberia que não conseguiria dizer na hora H, e que era necessario que ele soubesse, como uma forma de desabafo, declarações não ditas, e talvez uma forma de demonstrar tudo o que não pudera, talvez por puro orgulho algo que gostaria de ter demonstrado em todo o tempo que estiveram longe, ou perto. Se levantou, foi até a sua escrivaninha e logo, pegou uma folha de papel e começou a escrever... escreveu algumas paginas, contando sua vida, brevemente resumida, e citou a melhor parte dela, a parte de quando sua vida mudou totalmente, para melhor – ou não. Algumas horas depois, já era a hora marcada. Foi até seu banheiro e tomou um breve banho. Vestiu um vestido um pouco acima do joelho, e colocou sua sapatilha. Anahí estava angustiada, estava com medo de sofrer, mesmo sabendo que já estava sofrendo. Anahí tinha medo de nunca mais o ver, como se algo a mais a dissesse que ela jamais o veria novamente, e que talvez aquela seria a ultima oportunidade que tivera de o tocar uma vez mais.
Ela não agüentava mais toda a pressão que a rodeava, ninguém a pressionava, mas era como se o destino fizesse a pressão de toda a humanidade de uma vez só.Era tão difícil a sua despedida, era tão dolorosa para ela, era como se arrancassem uma parte dela. Alfonso Herrera, seu recém ex namorado, estava prestes a partir, com sua irmã, para outro país e levava em sua mente, uma imagem distorcida de Anahí




FLASH BACK



- Você realmente não presta, Anahí! – Poncho dizia enfurecido.
- Porque não me contou nada? Porque tinha que ficar saindo com aquele cara? – Poncho continuou.
- Porque...
- Também agora não quero saber, pois quando estava saindo, não me disse nada, agora também não precisa! Idiota, eu. Já estava tacando todo meu futuro por uma garota que fica ai, desfilando com o cara novo da cidade.
- Para! Por favor, para! Porque não ouve a minha versão? É obvio que fazerá todos os sentidos!

Poncho tinha vontade de ouvir, no fundo. Mas não podia fraquejar. Mesmo que ouvir não fosse um ato de fraquejamento, para ele seria algo em questão de orgulho. Estava disposto a não ouvir Anahí, definitivamente não. Anahí tinha muito o que dizer, tinha na ponta      da língua o que explicar, mas decidiu não tentar se explicar, pois para ela, Poncho deveria confiar, e dar espaço para ela se justificar. Não sair a julgando, creendo no que todos diziam. Anahí, por um momento, pensou não ser amada por Poncho, pois se não havia confiança, não haveria amor. Deu de ombros, e seguiu, deixando uma ultima palavra, a mais      dolorosa de todas, e deixando o homem de sua vida.

- Tudo bem se você não acredita.. mas, saiba que por toda a minha vida eu acreditarei em você, e mesmo que você não mais acredite em mim, eu ainda acredito no meu amor, porem, duvido da sua versão de amor. – Ela disse e se retirou.




FLASH BACK



Alfonso havia sido obrigado pelos pais e pressionado por todos,     ¬ decidira seder a pressão e fazer se realizar a ultima vontade do pai, que partira haviam dois meses. Anahí e Poncho, não se viram mais, apartir da ultima discussão. Haviam se passado quase 3 semanas. Na realidade, gostariam de não estar tão prendidos como que uma forma de demostrarem liberdade para ambos. Não sabiam o que o destino lhes preparavam, talvez todo aquele amor se transformassem em vapor, ao conhecer alguém melhor. O que era praticamente impossível, pois suas vidas foram traçadas quase que na maternidade. Seus pais eram amigos, suas mães exerciam a mesma profissão, e ambos estudavam sempre juntos, dentro e fora da escola. Anahí tinha plena consciência de que se falasse o que realmente queria e o que realmente havia acontecido, isto é, se conseguisse falar, conseguiria o fazer desistir de sua viagem, por esse incerto amor, que poderia perfeitamente se confundir com apenas uma amizade de amigos – irmãos.
A ternura que haviam entre eles, poderia se dizer única, o que era mais importante e mais lindo do que haviam entre eles. Por isso decidira que Alfonso teria que abrir o envelope verde que ela entregaria logo mais, quando estivesse em pé firme na Austrália, onde passaria uma grande parte de sua nova vida.
 Ela chegou em passos lentos, e contendo as lagrimas que estavam prestes a      ¬ desabar. Não suportaria novamente o peso das mesmas em sua face, o portão estava fechado.
Resolveu tocar a campanhinha.      
Dona Helena, mãe de Poncho, a atendeu carinhosamente.

- Olá, Anahí. Como vai? Vamos entrar? – Helena disse sorridente.
- Ah, oi tia.. – sorriu – Estou bem, obrigada.. Poncho? Ele está? – Anahí perguntou.
- Ah, querida, ele não está. Disse que iria dar uma volta, antes de embarcar.
- E a senhora sabe onde é essa volta dele?
- Bem, não sei. Mas você deve saber. Tantos anos de convivência, devem ter resultado em alguma espécie de telepatia. – Helena disse.
- Oh, sim. Bem, acho que sei.. preciso conversar com ele, antes de ele partir. – Ela sorriu.
- Então vá procurá-lo, pois daqui a exatamente 2 horas, ele irá estar conosco no aeroporto.
-       Beijos, tia. Passar bem.

Anahí se despediu de Helena, e correu, com um envelope verde em sua mão.
Ela sabia exatamente onde Poncho iria estar.
Andou alguns quarteirões até chegar, em um lindo espaço ainda não modificado, um pouco a fora da cidade. Pessoas costumavam fazer picniques, naquele lugar, mas naquele dia, estava apenas uma pessoa, lá. Ele estava com seu casaco de couro marron.
Poncho estava olhando para o nada, estava distraído sentado na grama, admirando o seu próprio reflexo, no pequeno laguinho que se formava logo em sua frente.
- Poncho? – Anahí disse.       
- Você? – ele disse e se levantou rapidamente, ficando em frente de Anahí.
- Sim, eu. – ela disse – Não se preocupe, pois eu já estou de saída, apenas quero te entregar isso.
Ela entregou nas mãos de Poncho, o envelope, que para os olhos de Poncho pareciam iluminados. Ele esboçou um sorriso, frágil. E com o mesmo sorriso a agradeceu.
Anahí estava com os olhos marejados. Não poderia, nem conseguiria falar uma só palavra. Sua respiração era ofegante, suas pernas não estavam nenhum pouco fortes, uma vez que elas tremiam muito.
A faltava o ar, sobrava vontade de cair nos braços de Alfonso. Era incrível como que Alfonso mantinha esse controle sobre ela. Poderiam se passar anos décadas e séculos. Algo a dizia que aquilo iria ser eterno. Ela sentia que aquela sensação a acompanharia até a morte.
    Poncho ficou parado, olhando para o evelope, logo em seguida, abriu um largo   sorriso, sincero. E disse:

- Posso abrir?
- Não, por favor, prometa-me que abrirá apenas quando estiver pousado, firme, em seu destino.
- Porque? – Poncho perguntou.      
- Quando ler, você irá entender. Espero apenas que faça o que eu pedi.
- Me de apenas um motivo para isso.
- Considere como meu ultimo pedido à você. Ou melhor, penúltimo.
- E qual seria o ultimo?      
- Quando for se lembrar de mim, se lembre com a melhor lembrança que você tiver em sua memoria. Que eu sempre me lembrarei dos meus melhores momentos contigo. E me prometa uma coisa. Jamais deixe se levar pela dor. Ela não vale a pena, e eu te digo por experiência própria.
- Não te posso prometer nada, Anahí.
- Você vai prometer. Prometa, por favor, Poncho. Prometa que irá ser feliz onde quer que esteja, que vai encontrar alguém melhor que eu e que se sinta renovado cada vez que respirar.
- Não, não dá!
- Prometa.      
- Está bem, eu prometo.      

Os olhos de Anahí mareavam. Os lindos e grandes olhos azuis, explodiam dor e desespero. Mas ela tinha orgulho, e se ele não a queria, não fazeria nada do que queria, do que tanto queria. Ela não o beijaria, mesmo que toda a sua vontade a mandasse beijar.
Poncho então a olhou com carinho nos olhos, se aproximou da loira, chegando bem próximo à ela. Passou uma de suas mãos pelos longos cabelos de sua menina, e então a disse:

- Então, eu poderia te pedir um ultimo desejo? Talvez o antepenúltimo.
- Sim. Peça. – Anahí sorriu forçadamente.      
- Me dá um ultimo beijo? – Poncho disse, deixando seus lindos olhos esverdeados mareados.

Anahí apenas assentiu com um sorriso lindo nos lábios. Ele a flertou, e logo após, depositou sua mão na cintura de Anahí, envolvendo-a para si.
Á beijou intensamente. Anahí sentiu borboletas sobrevoarem seu estomago, quando sentiu a língua quente de Poncho encontrar a sua. Ambos gostariam que aquele momento durasse para sempre. Ambos sentiam medo de nunca mais se tocarem como estavam se tocando. A ternura de Anahí era incomparável. Poderia ter milhões de garotas no mundo, nenhuma teria a mesma ternura de Anahí, para Poncho.
Terminaram o beijo com alguns selinhos. Anahí derramava lágrimas silenciosas.

- Agora eu tenho que ir. – Anahí disse.      
- Já? – Poncho choramingou.    
- Sim, e você deveria ir também. Seu vôo é daqui há 1 hora, e você ainda esta aqui.
- Tudo bem..      

    Anahí seguiu para sua casa e logo após, Poncho também seguiu seu caminho.
Poncho deixou uma lagrima cair.
Algum tempo depois, Anahí estava em casa, deitada em sua cama e novamente olhando para o teto.
Poncho, já estava dentro do avião que o levaria para longe de seu grande amor.
Ele sabia que talvez houvesse sido injusto ao dar mais atenção no que os outros falaram, mas ele tinha sim, seus motivos para crer em outras pessoas, e mais do que nunca, precisava se distrair.
Lembrou-se do envelope, que Anahí lhe entregara. Apalpou um de seus bolsos e a tirou dali. Sentiu os olhos umistecidos ao começar a sentir a meiguice depositada nas simples linhas incertas, de Anahí.




Poncho, meu eterno Panchito. *-*
     Nunca, nunca acredite no impossível, lembra? Você me ensinou tantas coisas. E uma delas era sempre acreditar que nosso amor, ainda poderá ser possível. Nem que seje em alguma outra vida. Em meio a tantas coisas que me ensinou, deixou de me ensinar uma única coisa: a de te esquecer.
Me sinto tão sozinha, eu olho para o porta retrato e vejo a nossa foto. O debruço contra à escrivaninha e me permito chorar. Me sinto tão vazia. É como se quando você disse para mim te esquecer, houvessem mandado eu arrancar alguma parte vital em mim.
Para onde eu vou agora? Se estivesse comigo, quando eu me sentisse perdida, me encontraria apenas em você. E o que eu mais queria era justamente me encontrar em você. Até porque o único lugar onde eu poderia me encontrar é justamente em você!
Você sabia o quanto eu ficava feliz, apenas em ter você por perto? Você sabe o quanto seu sorriso vale para mim?
Eu ainda sinto sua lembrança viva em mim, de alguma maneira. E sei que levarei isso até a morte. Como eu tenho certeza disso? Algo maior diz.
   Do fundo do meu coração dilacerado, eu gostaria apenas de ressaltar algumas   coisas: Mesmo ferido, ele pertence à você. Você foi meu primeiro amor. Do primeiro beijo à ultima noite juntos. Ainda que o tempo me dê outra pessoa, vou estar pensando em você quando estiver com ela. Como eu tenho certeza, novamente? Não preciso ser vidente, nem ter uma bola de cristal para isso.
Eu ainda não conhecia o amor, antes de conhecer você. Eu apenas queria uma, uma única chance de te explicar, te explicar algo que nem deveria explicar. Pois não tem como explicar uma mentira bem planejada, mas eu só queria fazer você entender, que... a única coisa que eu fiz durante anos, foi amar você.
   Pedi uma chance, você me virou as costas. Mas não desisti, dê Poncho, apenas mais uma chance ao nosso amor. Quando você voltar...
Nos poderíamos ter resolvido tantas coisas, dar o tempo necessário. Mas agora temos apenas o passado para recordarmos.
Agora estou na estaca zero. É como se eu desconhecesse o amor, novamente, pois você não esta aqui comigo.
Eu te disse adeus, mas não saberia que eu sentiria tanta falta.
Eu te amo demais, Poncho.     
Escrevi aqui, o que gostaria de ter dito olhando no fundo dos teus olhos, mas não conseguiria, me enrrolaria e não sairia nada.
“Até que a morte nos separe” lembra disso também? Sonhávamos em falar isso juntos..
Espero que seje muito feliz. Vou tentar ser também.
Uma ultima coisa, coloque a sua mão em seu peito, do lado de seu coração. Sinta o pulsar e respire fundo.
Sabe o que isso significa? Significa que você ainda pode viver, você ainda tem uma chance de viver. Prometa silenciosamente para mim que viverá da melhor maneira possível, sendo feliz e se permitindo amar sempre.



                                                            Anahí.


Poncho deixava-se levar pela emoção que Anahí lhe proporcionava. Colocou a mão em seu peito em sentiu seu coração palpitar. Sentiu as mariposas em seu estomago, e um aperto incontrolável em seu coração.
    Sentiu que deveria voltar naquele exato momento, mas não podia. Havia pessoas que dependiam do vôo, e obvio, o piloto não iria voltar por um amor de passageiro.
Decidiu nem tocar no chão fora do aeroporto quando chegasse, iria logo voltar ao Brasil.
Dois dias se passaram, Poncho nunca havia se sentido tão cansado.
Sentia o corpo pesar ao pisar novamente em território brasileiro.
Chegou em sua casa, e deixou as malas na calçada, para então bater a campainha. Sua mãe saiu de dentro de sua casa minutos depois da primeira pulsada. Helena estava chorando, e Poncho estranhou.

- Mãe, porque choras? – Poncho disse a abraçando.      
- Anahí, Poncho. Anahí. – Helena chorava.  
- O que tem Anahí? – Ele se desesperou. Um medo percorreu seu interior o causando náuseas.
- Meu filho, tem que ser forte, pois a noticia é forte! – Helena o disse, já calma.
- Sim, eu sou forte, mas me diga! – Ele estava impaciente.      
- Anahí, ela sofreu um acidente...    

Poncho ficou totalmente abalado.

- E ela está bem? – Poncho disse sentindo um nó na garganta.
- Ela.. morreu.      

Poncho se sentiu totalmente sufocado, se sentiu atorduado, se sentiu atormentado. Se sentiu perdido. Ele tinha tantas coisas para dizer para a amada, tinha tantas coisas importantes a esclarecer. Ele tinha uma vida inteira ao lado dela. Ele queria pedir perdão, mas a única coisa que podia sentir era o peso de suas lagrimas, e sua consciência latejar.
Anahí, a sua garota agora estava morta. Helena o abraçou com força. E Poncho deixou-se levar pela dor. Derramando lagrimas sofridas e pondo seu coração para desabar, junto à ele.
- Mas como aconteceu? – Poncho perguntou desolado.
- Anahí estava no estacionamento do aeroporto. Então, um carro descontrolado a atingiu.. e ela não resistiu. As ultimas palavras, e o último pedido, foi que entregasse à você um objeto. E a mãe de Annie, nos entregou. Vou buscar... ela iria entregar à você.
    Poncho apenas assentiu com a cabeça. A imagem de Anahí não saia de sua cabeça.   Mas ele havia prometido uma coisa à ela.
Que não se deixaria levar pela dor jamais. Mas parecia impossível cumpri-la.
Anahí foi injusta, justo ela que se dizia nunca desistir, nunca o deixar, havia o deixado, mas ele havia a deixado primeiro, havia deixado a sua garota no momento em que deu de ombros às explicações da menina. E a cada vez que se lembrava daquilo, dos maus momentos com Anahí, se sentia vazio e seu estomago doía. Sua cabeça rodava a mil. Parecia que ela adivinhara que iria partir, quando estavam no parque. Parecia que ela previra a desgraça que viria a acontecer.
Tão terna, tão linda, tão preciosa, tão única. a única mulher de verdade de sua vida.

- Olha isso. – Helena o entregou uma caixinha rosa. Ela estava esfolada em alguns cantos, provavelmente pela pancada.
- Vou ver...

Poncho abriu a caixa com cuidado e amor. Quando a abriu,      ¬ avistou um mp5, juntamente À um pedaço de papel. Decidiu ler o que estava escrito no papel primeiro.




'                                    Meu eterno querido Pancho..



Eu estava mexendo em algumas gavetas, quando vi um cartão de memória em um cantinho. Nele havia um pequeno coração desenhado com uma caneta bic.
Era do nosso primeiro mês de namoro. Resolvi passar pra esse mp5 que em toda ocasião eu iria te presentear, no seu aniversário, daqui há 2 meses.
Te escrevo novamente, pois sei que vou chegar atrasada, só de olhar no relógio daqui do quarto. Bem, só queria te reforçar uma coisa, que você já deve estar cansado de saber.. Eu te amo, apesar de tudo.
Estarei te esperando em algum lugar, em algum mundo, em alguma dimensão.

Te quero sempre sorrindo, e bem..            



              Anahí.




Poncho terminou de ler, e já estava novamente chorando. Decidiu com todas as forças ver as imagens que continha no aparelho.



FLASH BACK




- Ah não, Poncho! Não grava! – Anahí colocava as mãos no rosto, e ria como uma pequena criança envergonhada.
- Você está linda, Annie. – Poncho dizia à loira.      
- Te amo muito gatito – Anahí disse com voz de bebê, se exibindo na câmera.
- Também te amo, gatinha! – Poncho disse, com a câmera voltada à eles, de modo com que os dois aparecessem.
- BEEEEEEIJOS! – os dois disseram rindo.



FLASH BACK



Poncho chorava sem medo, sem vergonha, pois a dor que sentia era forte demais. As imagens fizeram um filme passar por suas cabeças, e náuseas causadas pela dor tomar conta de seu organismo.
Sua mãe algum tempo depois, lhe deu um comprimido, e ele adormeceu.




'                                                             Poncho Herrera;



Dez anos se passaram após aquele dia da terrível notícia. Eu nunca me esqueci de Anahí. Me formei em medicina, e hoje atendo em um hospital público. Meus pais me apóiam, alguns amigos me chamam de idiota, pois vários hospitais renomados me chamam para atender junto à eles, mas... eu sempre nego! Há pessoas que precisam de mim aqui onde estou.
Agora estou em uma floricultura. Estou comprando rosas vermelhas para levar até o tumulo de Anahí. Me sinto triste, angustiado, porem estou de pé.
Novamente um filme passa pela minha cabeça. Mas não sinto mais náuseas ao me lembrar da minha pequena fadinha. Pois apenas me lembro dos nossos melhores momentos.
Não sinto mais magoas dela, não guardo culpa. Alias, culpa eu sei que tenho, mas não tenho mais nada a fazer...
Agora me preocupo em estar bem, pelo menos tentar, pois foi o que ela me fez prometer.
Ela, apenas ela havia pensado em mim no futuro. Quero dizer, pensou no meu futuro. Ainda me sinto totalmente angustiado, pois ela parecia ter tanta certeza de algumas coisas que viriam a acontecer, e tudo aconteceu, naturalmente. Hoje eu sei que você é a garota mais pura de todas, e eu jamais deveria ter duvidado de uma virgula vinda de você.
Apenas quero deixar bem claro, Anahí...


Poncho Herrera;





FLASH BACK




- Tudo bem se você não acredita.. mas, saiba que por toda a minha vida eu acreditarei em você, e mesmo que você não mais acredite em mim, eu ainda acredito no meu amor, porem, duvido da sua versão de amor. – Ela disse e se retirou.



FLASH BACK




Eu acredito e sempre acreditarei em você, e em tudo o que me ensinastes, meu amor. E a minha verdadeira versão de amor, é você.


Te amo eternamente.





                                                   Fim.